Seu Francisco e Tatinha

Um dia, ele chegou tão diferente,
do seu jeito de sempre chegar.
Na madruga, boladona,
sentada na esquina, esperando tu passar,
altas horas da matina.

Olhou-a de um jeito muito mais quente
do que sempre costumava olhar.
Com o esquema todo armado,
esperando tu chegar.
Pra balançar o seu coreto,
pra você de mim lembrar.

E então ela se fez bonita
como há muito tempo não queria ousar.
Sou cachorra, sou gatinha,
não adianta se esquivar.
Vou soltar a minha fera,
e o boto o bicho pra pegar.

Depois os dois deram-se os braços
como a muito tempo não se usada dar.
E cheios de ternura e graça, foram para praça,
e começaram a se abraçar
69, frango assado,
de ladinho a gente gosta.
69, frango assado,
de ladinho a gente gosta.

E ali dançaram tanta dança,
que a vizinhança toda despertou.
Se tu não tá aguentando,
pára um pouquinho, tá ardendo assopra. Então…

Foi tanta felicidade
que toda a cidade se iluminou.
Tá ardendo assopra.Tá ardendo assopra.
Fica de joelho, faz um biquinho.
E chupa minha ###

E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos
como não se ouvia mais.
Porque Dako é bom, Dako é bom.
Dako é bom, Dako é bom, Dako é bom.

E o mundo compreendeu
Calma minha gente,
é só a marca do fogão.
E o dia amanhaceu
em paz.

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Livremente inspirado em Valsinha e alguns recortes de Tati Quebra-Barraco.

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